quarta-feira, 23 de junho de 2010

UMA HISTÓRIA DE CANTAR



No final da década dos anos 1960, surge em Araçuaí um frei franciscano holandês, o Frei Chico. Conversa vai, cantoria vem, o frei funda, em 09 de agosto de 1970, o Coral Trovadores do Vale.

A proposta era de que o Coral cantasse nas celebrações da Igreja Matriz , com atenção especial para a missa das 19 horas de domingo, e nas festas religiosas; cantasse e difundisse também a música do Vale do Jequitinhonha, daí o nome; e por último, que mantivesse ensaios regulares, envolvendo os componentes e demais interessados na arte e no canto, principalmente o sacro e o folclórico.

Tantas gentes. Artesãos, enfermeiros, professores, secretárias, carpinteiros, motoristas, jardineiros, serviçais, estudantes, balconistas, donas de casa...

E este Coral saiu a pesquisar e a cantar o canto do homem do Vale, expressão poderosa de sua realidade social e religiosa.Cantos de canoeiros, tropeiros, boiadeiros, machadeiros, lavadeiras, penitência, excelências, louvor de anjo, benditos, folias.

Já que a folia entrou nesta escritura, o Trovadores do Vale recuperou as danças de roda, vilão, contradança, tecedeira, nove, batuques. Tudo isso ao som do tamborzão, roncador, pirraça, pandeiro, caixa, violão, entre outros.

A cantoria e a festa pegaram a estrada do mundo de Minas Gerais. Depois, atreveram-se ao mundo do Brasil. Hoje, o Coral Trovadores do Vale é do mundo do coração da gente.

Tem dois cd´s gravados: “Ainda bem não cheguei” e “ Beira Mar Novo”. Participou de filmes, em trabalhos de outros artistas do Vale e do país, foi parar na televisão.

Como povo de Deus, segue. Pois cantar é preciso.

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